domingo, 29 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Saindo do prelo


Outro dia o Dante me falou que estava escvrendo um livro intitulado Curitiba: melhores defeito e piores qualidadess. Cronista como é, não deixou o estilo de lado, sempre com pitadas de humor e curiosidades curitibanas. Aí está a obra, que contou inclusive com entreveros sobre o leiaute da capa que rendeu até poema do Tadeu Woiciechowski.

Sobre a capa e o convite, faço minhas as palavras do autor:

"Um dos melhores defeitos e uma das melhores qualidades de Curitiba é a fleuma. Mesmo se for convidado para um almoço no meio da lama, num buraco de dois metros de altura, o curitibano não perde a pose. Foi o que aconteceu nesse "churrasco no buraco", capa do livro "Curitiba: Melhores Defeitos, Piores Qualidades" que vou lançar no sábado, para comemorar os 316 anos de Curitiba.

Em 1971, operários, comerciantes e funcionários da prefeitura comemoraram com "churrasco no buraco" a canalização do Rio Ivo, na Rua Voluntários da Pátria, trecho entre a Praça Osório e a Rua Emiliano Perneta. Fleumático (não-estou-nem-aí), o prefeito Jaime Lerner (na ponta da mesa, de terno e gravata), conversa com o jornalista Aramis Millarch (também de terno) e o chefe de gabinete Nireu Teixeira (no canto esquerdo, de fatiota escura e com a mão no queixo) faz de conta que o almoço é em palácio.

Ao ver essas fotos de Erony Santos (fotógrafo aposentado da prefeitura), o arquiteto Jaime Lerner me confessou que na ocasião passou constrangimento: "O churrasco foi organizado pelo empreiteiro da obra, à revelia da prefeitura. Quando cheguei ao local levei um susto. Com o povo passando no alto, sentei assim mesmo e nunca comi um churrasco tão envergonhado".

Com apresentação de Jaime Lerner, o livro é uma biografia não autorizada de Curitiba. Conto das tradições, das críticas que a cidade já teve e tem, das manias dos curitibanos e de como, no fundo (mesmo falando mal), todo mundo adora Curitiba, com seus melhores defeitos e piores qualidades. Nesse passeio pela cidade, escrevi sobre a história, o urbanismo, a paisagem, o clima, a gastronomia, o humor e o comportamento desta nossa gente da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

Caro leitor, aguardo sua presença para "bebemorar" a cidade com um forte abraço. Curitiba: melhores defeitos, piores qualidades (288 páginas - 50 reais) será lançado no Restaurante e Bar do Passeio Público, a partir das 11h, num sábado de chorinho, feijoada e bolinhos de arroz. O endereço é uma "rememoração" do velho Pasquale dos anos 70/80, quando o Passeio Público era referência na cidade, a nossa praia".

P.S.: Também dá para andar de pedalinho, até lá.

You've got mail ou Perseguindo Cidadão Kane

Recebi agora a pouco este link com a entrevista com Gladimir Nascimento, que fala sobre a demissão da Band News FM e os bastidores da história.


Créditos ao Eduardo Furiatti, Emerson Saraiva e Vitor Costa, todos do blog Papo Original, que por sinal estão de parabéns.

sábado, 21 de março de 2009

La Lupe

Inferninho, compacto mas charmoso, lugar mutcholoco, sala de estar ou mesmo La Lupe. Este pequeno espaço na Trajano Reis começa a esquentar a partir da meia-noite e sem hora para acabar. Como diria o Rafael, até o talo e sem tirar de dentro. Reconhecidamente o novo bastião da boemia curitibana, abriga o que há de melhor em dub, funk, samba rock, rap, hip hop e mutcho más. Tudo isso num estilo mexicano bem diferente do taco el pancho ou visões pasteurizadas da cultura chicana. Aliás, daria o epípeto de "cholo" ao bar. A bebida é boa e barata, não tem comida, pelo menos morta, a freqüência é eclética, desde juizes até guardadores de carro, passando por muderninhos e delícias de plantão, a entrada não é cara, a decoração é única e, por fim, o som e o que rola é muito animado. A caipirinha é boa pacas, as paredes pintadas durante o evento Mucha Tinta e a possibilidade de encontrar uns caras com máscaras de lutchadores dançando na pista fazem do La Lupe diversão garantida, ou seu dinheiro de volta.

Bernardo dando o ar da graça por lá.


O mapa da mina encontrado em escavações arqueológicas aleatórias.


Saiba mais:
La Lupe no Orkut
La Lupe no MySpace



Serviço: La Lupe, Rua Trajano Reis, 351. Abre as terças, quintas, sextas-feiras e sábado, a partir das dez horas e sem hora para acabar.

P.S.: Em tempo, Além da rádio la lupe, com data incerta para acontecer, tem a rádio amadora, nas terças-feiras (isso quando dá certo).

Deu no blog do Solda


Cantadas nada literárias


Fonte: cartunistasolda.blogspot.com

sexta-feira, 20 de março de 2009

Talagar

segunda-feira, 16 de março de 2009

Broadcasting = Radifusão

"São férias forçadas. Aqui em Curitiba não dá para fazer jornalismo sério." Outro dia ouvi isso numa sexta tomando um chop no Maia Box. O que era uma constatação se revelou um desafio. O tempo é camarada e, depois da uma piada divina parece que algo aconteceu. Está no ar a web radio Jornalismo FM, transmitindo muito barulho e conteúdo utilizando uma tecnologia nova. Pelo menos para o rádio: a internet. A rede de computadores é sem fio, o armazenemanto é cloud computing e os telefonemas, pela internet.

Coinciência ou não, que as ondas eletrônicas abençoem Gladimir Nascimento, Denise Mello, Heliberton Cesca, Daiane Figueiró, Patrícia Thomaz, Thatiana Mesquita, Cida Bacayoa, Aline Castro e Vinícius Sgarbe.

Agora o comentário que não quer calar: Que merda que ficou a Bandnews FM.


Profanizações

Este vídeo faz parte de uma série de vinhetas feitas por Seth MacFarlane, o cara que faz American Dad e Family Guy. Ambos passam no canal FX, são politicamente incorretos e engraçados pracaralho. Vale a pena conferir, afinal, é tudo uma piada.


domingo, 15 de março de 2009

Diário de bordo

sexta-feira, 13 de março de 2009

Para uma sexta-feira ensolarada!


Conheci esses caras por acaso. Uma descoberta muito grata, viu Brox! Ed Solo & Skool of Thought mostram no CD Random Acts of Kindness que caminham pelo soul, funk, reggae, drum n bass, hip-hop, breakbeat. Há quem diga é se trata de uma mistureba completa. Vale a pena conferir.




terça-feira, 10 de março de 2009

Bem vindo a bordo!


A partir de hoje o Vinícius Sacchi vai colaborar com este blog. Seja bem-vindo irmão!

sábado, 7 de março de 2009

Finalmente uma feijoada que preste!

Todo brasileiro gosta de dar pitaco na feijoada alheia, é como capixaba que reivindica a paternidade da moqueca, pois o resto é peixada, como dizem. Cada um garante que tem a receira definitiva da feijoada, umas mais requintadas, outras menos afrescalhadas. Sinceramente, acho esse purismo um pé no saco. Pior do que aquela turma que, se tomar vinagre na garafa de vinho caro vai dizer que degustou um grand cru na Expand ou na Vino; tudo para demonstrar uma sofisticação e erudição gastronômica.

Pois é, acretido piamente na liberdade, e ,quando se trata de culinária, na sobrevivência. Se não fosse pela sobrevivência não estariamos comendo feijoada, ou ostra, ou cabeça de camarão. Até por que não teria sobrado muitos de nós a base de cortes de primeira. Se tem ou não tem orelha, pé e os cambau, foda-se, o importante é que tenha feijão e alguns cortes de carne bovina e suína. Os acompanhamentos ajudam também. O fato é que encontrava dificuldade de comer uma feijoada boa, honesta e sem viadagem. Teve uma vez que resolvi fazer e deu certo.

Acho que precisava disso para conhecer a feijoada da Mercearia Fantinato, um bar que merecia um post há muito tempo. O bar já era conhecido meu. Meio que de surpresa, passava pela Rua Mateus Leme, estava lá, na esquina com a Rua Albano Reis, com as portas fechadas. Era inverno e meio tarde. Naquela ocasião não parei, mas anotei o lugar. Qual foi minha sorte ter o Vinícius como amigo fraterno, que me convidou para almoço no sábado, feijoada, lógico, no Merceria Fantinato. O perpasto pantagruélico é servido estilo "servi-servis" com uma seleta escolha de pimentas, farinha, farofa e vinagrete, couve feita na hora, arroz, pururuca e três panelas com as seguintes carnes separadas: orelha e pé numa, linguiça e costelinha noutra e na terceira, paio e charque. Se estiver errado o Wlamir, proprietário, que me corrija. O serviço é impecável, o chopp ou cerveja, gelados e a conta não pesa no bolso.
O resto é com vocês. Bom apetite!

O Vinícius dando uma olhada no álbum de figurinhas do Zequinha do Wlamir.

Ah, o Wlamir coleciona as figurinhas do Zequinha!

Serviço: Mercearia Fantinato, Rua Mateus Leme 2553, esquina com a Albano Reis, de segunda a sexta-feira, das 17h as 01h e aos sábados, das 12h a 01h. A feijoada acaba antes. Tel.: 3023-1953.

Toda a unanimidade é burra.

A respeito da notícia da dispensa dos jornalistas da repetidora da Band News FM em Curitiba, faço minhas as palavras do Fábio Campana:

"O jornalismo da rádio Band News, que já sofrera com a demissão intempestiva de seu diretor Gladmir Nascimento, passou por nova faxina ideológica. Seu proprietário, Joel Malucelli, decidiu ajustar a rádio às exigências do governo Requião.

Foram demitidos hoje a âncora do jornal da manhã, Denise Mello, e as repórteres Daiane Figueiró e Patrícia Thomaz. Outros três jornalistas pediram demissão à tarde por não concordarem com a nova orientação palaciana.

Pela manhã, o secretário de Comunicação de Requião, Benedito Pires, visitou os dirigentes da emissora Fabrício Binder e André Luís Ferreira Aguera." (Fonte: Blog do Fábio Campana)

A propósito:

São nove partes ao todo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Aborto e Igreja Católica

Eu prometi para mim mesmo que não ia falar sobre isso... tarde demais.

Estudo apud Retrato do Papa Inocêncio X de Velazquez, Francis Bacon, 1953.

Autor e título desconhecidos.

Papa Inocêncio X, Diego Velazquez, 1650.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cozinhar é diversão

Western Spaghetti by PES



Encontrei este video no blog Caderno Público, aliás que é bem interessante.

terça-feira, 3 de março de 2009

Direito não é Justiça.

Fonte: Quino. "Não Fui eu", Trad. Monica Stahel. São Paulo : Martins Fontes, 2003, p. 100.

Mas afinal, o que é a bala zequinha?



"Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de outubro de 1974

A extrema humildade e modéstia de um veterano litógrafo, fêz com que permanecesse, até agora, no anonimato, a sua importante contribuição na criação das Balas Zequinha - fascinante forma de comunicação popular eminentemente curitibana e que só este ano mereceu uma primeira pesquisa, empreendida pelo homem de TV Valencio Xavier ("Desembrulhando as Balas Zequinha", boletim informativo nº 1 da Fundação Cultural, agosto/74). Ao se propor a estudar o surgimento das Balas Zequinha - que durante quatro décadas encantaram gerações de curitibanos, Valencio Xavier tentou, em vão, localizar quem tinha sido o desenhista do simpático personagem. Entrevistas com familiares dos três diferentes fabricantes do produto - irmãos Sobania, Franschini e, finalmente Gabardo & Massocheto, que, sucessivamente exploraram o personagem a partir de 1929 (data provável) - não foram suficientes para esclarecer esta importante questão.

Agora, num trabalho da pesquisadora Karim Bachstein, do Museu de Arte Contemporânea, foi localizado um dos desenhistas das Balas Zequinha: o litógrafo Paulo Carlos Rohrbach, 50 anos, funcionário de 1939/53 da Impressora Paranaense, hoje chefe da secção de Aerofotogrametria da Fundação Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Paraná criou os desenhos das Balas Zequinha a partir do número 51 ("Trocando Colarinho") até o raríssimo nº 200 (Zequinha Distribuindo"). Seu depoimento, digno de todo o crédito, aponta o gráfico alemão Alberto Thiele (1899-1972), durante décadas funcionário da Impressora Paranaense, como o homem que teria criado a figura de Zequinha, fazendo as primeiras [cinqüenta] situações do simpático personagem, lançadas no final da década de 20. Posteriormente, com o sucesso das Balas e natural desejo de seus fabricantes em ampliarem as coleções (e seus lucros), Rohrbach começou a imaginar novas situações, "tendo que dar tratos à bola pra criar as diferentes funções ao curitibano Zequinha", explica. Extremamente humilde, tanto é que procurou manter este seu trabalho no maior anonimato até agora (só mesmo por amizades e [família], a pesquisadora Karim conseguiu localizá-lo), Rohrbach criou ainda duas outras coleções de figurinhas para balas - "O Vingador" e "Red Boy", ambas inspiradas em histórias-em-quadrinhos (da qual se confessa um leitor até hoje) e que, por sua importância, merecem um estudo à parte."

Fonte: Tablóide Digital