sábado, 16 de janeiro de 2010

Antonina


Foi nesta casa amarela que meu vô passou os últimos verões da vida dele. Em 1994 diz que ele ia comprar aquela casa, pois Guaratuba não mais lhe apetecia, mas isso é outra história. A história que antecede é tão pitoresca das que as sucedem. Disse o meu avô a minha avó que tinha visto uma casa em Antonia e queria comprá-la. Não sei por que cargas d'água ela não tinha gostado da idéia e vinha solenemente se opondo a casa e tudo mais. As negociações vem e vão e no dia em que o avô ia fechar o negócio, minha avó foi junto para melar a compra. Esse plano era simplesmente infalível. Mas ao chegar e ver a casa, cuja frente dá para a praça central, com direito a coreto e tudo mais, e dos fundos vê-se a baía de antonina, minha avó se apaixounou pelo lugar e desistiu do seu plano infalível. Nem preciso dizer de quanto foi bebido, dançado, comido, cantado, dormido e tudo mais que um ancião aproveita antes de encontrar a morte. Antonina nunca mais foi a mesma para mim.

P.S.: Senti um sopro de saudades ao ver esta foto do Gilson Camargo bo blog dele, Olhar Comum. Link: www.gilsoncamargo.com.br/blog/?p=2514

Sem comentários: