quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como Violar uma U-Lock.

A U-lock é um tipode cadeado em formato de U e é conhecida por ser eficaz, dada a espessura do ferro utilizado. A marca Kryptonite é uma das melhores do ramo, que por sua vez faz o modelo evolution, que é ultra reforçado e só com reza braba o sujeito consegue violar. Era isso que eu pensava até o dia 30 de outubro de 2010, quando fui no ao mercado municipal de curitiba almoçar e fazer cotação de preços.

Cheguei lá ao meio dia e deixei a bicicleta com o cadeado na porta de entrada da Av. Sete de Setembro, pois não tinha bicicletário nem sinal de proibição para parar ali. Daí fui almoçar e fazer o resto das coisas que me programei. As 16h recebo um telefonema do Ivo amigo que me avisou que a bicicleta foi removida do local e levada até a administração. Fui até lá e quando cheguei vi os seguranças Sérgio e Mesquita, a bicicleta raspada de amarelo e o cadeado violado, cortado ao meio, sem uma capa de proteção de cor laranjada. Perguntei quem fez e ambos assumiram a autoria. Além disso fui acusado de ter colocado a bicicleta em lugar proibido, muito embora não constasse placa alguma no local, tampouco indicação de bicicletário e nem sequer bicicletário. Os seguranças Sérgio e Mesquita falaram que me procuraram para resolver o assunto antes de tomar a iniciativa de cortar o cadeado com uma serra circular. Segundo eles a bicicleta estaria desde as 10h 30min lá, ou seja há muito tempo. Daí estou autorizado a chegar a conclusão que não me procuraram, pois eu saí da minha casa as 11h 30min para ir almoçar e é humanamente impossível voltar no tempo com uma bicicleta e chegar as 10h30min. Eles confessaram que tentaram, em vão cortar com alicate, mas tiveram de destruir a U-lock com uma máquina de corte circular. A justitivativa é que de isso já aconteceu algumas vezes e por estar no meio da entrada, atrapalharia o fechamento do mercado municipal (taí mais uma razão para colocar placa na entrada). Falei com sr. Carlos, administrador do mercado municipal, e ele me diz que o mercado municipal/associação vai absorver o dano causado a minha propriedade privada. Fui então para a associação e falei com a senhora Luciana forneci os dados para ressarcimento e deixei o cadeado lá. Depois fui orientado a escrever este e-mail para justificar a retirada de dinheiro. Enviei um email com texto parecido com este na esperança de que tudo se resolva pacificamente.

Entretanto algumas coisas gostaria de ressaltar: causa-me espanto eu ter minha propriedade destruída, inutilizada por funcionários contradatos pelo mercado muncipal ou pela associação do mercado municipal, ou seja por pessoas cuja obrigação é velar pela segurança dos consumidores do mercado municipal, pois se não fossem os consumidores, o mercado deixa de ter a razão. A situação agrava quando se trata de um episódio que poderia ser previsto, eis que já aconteceu isso no passado. Ainda, a movimentação começou antes das 16h, ou seja duas horas antes de fechar o mercado municipal.

Ainda, foda mesmo é não ter sinalização nem bicicletário no lugar. E para piorar o sujeito achar que está no direito de detonar o cadeado por que eu estaria supostamente errado. Até agora não mem mostraram papel algum que demonstre que é proibido estacionar ali.

A seguir as fotos que ilustram o episódio lamentável.

A entrada é esta, coloquei bem no meio (no poste amarelo) para a bike ser vista, mas ao mesmo tempo sem atrapalhar a passagem. Marquei as placas sem a sinalização devida.

Pelo que entendi é proibido fumar e entrar com animais. E deixar bike ali, pode? Tem uma coisa chamada legalidade e publicidade. Posso fazer tudo o que a lei deixa de proibir. E a publicidade é como o ato é conhecido por todos.

Uma obra de arte!

Vou mandar para o salão paranaense.

Ou tentar um Prêmio Nobel, pois se trata de coisa de gênio.

Fica registrada a atenção dispendida pelo Sr. Carlos, administrador do mercado municipal que ao primeiro sinal de equívoco dos Srs. Mesquita e Sérgio, se prontificou em providenciar o ressarcimento do dano causado. Além dele a Sra. Luciana que me atendeu com toda a diligência possível. Parabéns pelo deslinde da questão.

5 comentários:

Anónimo disse...

tdu fiadasputa!!!11

Gunnar disse...

Orra piá, que foda! Grazadeus tudo parece se encaminhar para um final feliz.

(P.S.: depois dessa to encomendando uma New Yorker. Alguém é parceiro?)

Anónimo disse...

Caro ciclista, me desculpe a sinceridade, mas vc esta completamente errado, pois não precisa existir placa proibindo deixar a bicicleta estacionada na porta de entrada, basta um pouco de bom senso, pois é óbvio que onde vc estacionou a sua bike estava atrapalhando o fluxo de entrada ao mercado e o fato de não existir bicicletário ou placa de proibição de estacionar não lhe concede o direito de estacionar sua bike na porta de entrada de um estabelecimento. Cara vc deixou a sua bike na porta de entrada atrapalhando todo mundo, pelo amor de Deus. Por favor, bom senso não faz mal a ninguém. Ser ciclista é ter bom senso.

Unknown disse...

Caro anónimo,
em se tratando de proibição administrativa, sim, deve estar expressamente e visível a sinalização. Não, não é obvio que a bicicleta estava atrapalhando a entrada, pois ela mede 38 centímetros por um metro e pouco, ao passo que a entrada mede, no mínimo, uns 3 metros. E sim, estou autorizado a colocar onde bem entender a minha bicicleta quando não há bicicletário. E não, ser ciclista não é ter bom senso, ser ciclista é ter de conviver com essa falta de estrutura diária. E uma hora essa paciência acaba. Aliás, ter bom senso é não destruir propriedade alheia, ainda mais quando há visivel sinal de que tem dono.

Cezar disse...

Caro anônimo, a subversão, a desobediência desnecessária é condenável. Mas no caso, o ciclista vive mareginalmente... não tem por onde guiar, já que os carros se acham donos, não tem onde estacionar, apesar de ocupar muito menos espaço que um carro. Uma vaga de um carro pode ser trocada por um bicicletário de 8 vagas! Então, a subversão - se amarrar a bike num poste é algo subversivo, já que não causa dano algum, e como descrito pelo dono, não ficou no caminho das pessoas - se justifica quando o ciclista é esquecido, marginalizado pela sociedade. Eu amarro a bike num poste quando não tenho bicicletário disponível, e nunca tem!
Então, tratem os ciclistas com respeito, que eles terão a oportunidade de respeitar as regras!